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Mostrando postagens de 2016

Nudge e arquitetura da escolha

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Viviane Villar, estudante de Graduação do 2º período  em Economia da Universidade Federal de Viçosa, membro da Liga Acadêmica Newton  Paulo Bueno. “Forma, estrutura” (AURELIO, Dicionário). De acordo com esta definição, arquitetura da escolha pode ser descrita como uma técnica de seleção para que a melhor escolha seja feita. Nudge pode ser traduzido pro português como "empurrãozinho" ou "cutucada" e para ser considerado, é necessário ser uma técnica barata e que possa haver liberdade de escolha. Este "empurrãozinho" pode ser aplicado de diversas formas:  Quando recebe-se um SMS de uma operadora, informando o valor do saldo, há uma técnica de Nudge, onde a empresa a utiliza para facilitar a vida do consumidor. A disposição das comidas num restaurante também é uma técnica de Nudge, De acordo com a organização, o cliente vai consumir mais carne ou mais salada. Tal ferramenta apresenta custos baixos e resultados imediatos e por isso países

BOLETIM DE GESTÃO DA LIGA ACADÊMICA NEWTON PAULO BUENO DE ECONOMIA E COMPORTAMENTO

A LANP tem como objetivo realizar atividades de pesquisa e extensão aplicando, de forma multidisciplinar, o referencial da Economia Comportamental. Contamos com a participação de estudantes de Graduação e Pós-Graduação sob a coordenação do professor Luciano Dias de Carvalho, do Departament o de Economia (DEE-UFV).É com muita satisfação que a diretoria da LANP lança seu primeiro boletim de gestão.A fundação da liga foi um desafio ambicioso e carregado de trabalho árduo. Todos os membros são de extrema importância nessa trajetória, construindo a cada dia um pedaço dessa instituição, que se tornou forte.O boletim traz aspectos históricos e gerenciais de nossas atividades. https://drive.google.com/file/d/0B7YewuaJkmFIVlNiNGxRdjl3NTQ/view?usp=sharing

Auxílios da Economia Comportamental para a análise da tomada de decisões

Letícia Pereira, Estudante de graduação em Ciências Econômicas UFV A economia comportamental é um campo de estudo relativamente novo, o qual incorpora análises empíricas do campo da psicologia para analisar a esfera econômica. Indo contra a perspectiva tradicional do homo economicus , a economia comportamental descarta a hipótese neoclássica de que o homem é capaz de tomar decisões racionais, centradas apenas no próprio interesse e com capacidade ilimitada de processar informações, a fim de maximizar seu ganho. Portanto, é possível inferir que esse incipiente estudo, tornou-se essencial para entendermos as decisões individuais bem como mensurarmos a influência que os fatores emocionais e comportamentais atuam nas decisões econômicas dos indivíduos, que nem sempre tendem a fazer escolhas racionais. Sendo assim, irei analisar alguns exemplos que foram estudados por grandes escritores e são presentes em nosso dia-a-dia com o intuito de que possamos compreender a abrangência e im
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Dilemas em torno da média Divagações acerca da Teoria da Perspectiva Lauro Marques Vicari, membro da Liga Acadêmica Newton Paulo Bueno e acadêmico da Universidade Federal de Viçosa                 – Professor, por que o senhor me tirou cinco pontos nesta questão? – pergunta o aluno.             – Não fui eu que tirei, foi você que perdeu. – retruca o professor.             Quem já foi estudante, certamente se deparou ou até mesmo protagonizou um diálogo como este. Uma nota ruim, a eminente ameaça ao avanço dos anos letivos e a redução das sonhadas férias, se apresentam constantemente como motivos para o professor ser enxergado como uma figura perversa e sem coração. Diante disso, o pobre coitado, sempre munido de saídas irrefutáveis às críticas de sua plateia na esperança de reduzir sua imagem de vilão, costuma valer-se do argumento de que os alunos começam o período com a nota total e, por conta própria, vão perdendo os pontos ao longo das avaliações. De fato, na
O desafio da Economia da felicidade Adauto Brasilino Rocha Junior- Engº Agrônomo e Mestrando em Economia.             Conforme detalhado por Espiridião et al.(2008), a ciência têm percebido que os estados mentais se expressam fisicamente através da ativação de áreas específicas do sistema nervoso associada à ação de hormônios que banham o nosso corpo. Serotonina, hipocretina, noradrenalina, dopamina, entre outros peptídeos, têm se destacado como os principais responsáveis pelas sensações de felicidade, euforia, tristeza, depressão, entre outros estados da psique, dependendo do balanço em que se encontram em nosso corpo regulando a atividade de nossos neurônios. As descobertas não param por aí, recentemente, a dimetiltriptamina (N,N-dimetiltriptamina), um alucinógeno enteógeno produzido na glândula pineal¹, têm sido indicada como possível origem das experiências místicas e religiosas. O mais interessante nesse cenário é que estamos chegando ao um ponto em que a racionalidade te

Contribuições da economia comportamental à Economia da Educação

Gustavo Dantas Mestrado em Ciências econômicas pela UFV Por todos os lados ouve-se dizer que a educação de um povo é uma das melhores ferramentas para o desenvolvimento econômico sustentável de uma nação. Tal constatação é tratada como consensual para a população em geral. Mas afinal de contas, qual o mecanismo de propagação dos ganhos da educação sobre uma economia? E mais, qual contribuição a economia comportamental tem a nos dar acerca da temática? Estes são os principais questionamentos que me proponho a tentar elucidar neste pequeno artigo de estreia. Comecemos, portanto, dos primórdios. A primeira teoria que se propôs a tratar a educação como fator endógeno ao progresso econômico foi a teoria do Capital Humano. Seus precursores, Jacob Mincer (1958), Theodore Schultz (1961) e Gary Becker (1962), inovaram a teoria econômica ao considerarem a educação como decisão de investimento, dando um caráter de capital à educação. Indivíduos dotados de racionalidade plena decidem por

OS VIESES COGNITIVOS E O POMBO ENXADRISTA

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Beatriz de Almeida Mestranda em Ciências Econômicas pela UFV Foi ou não foi golpe? O aborto deveria ser legalizado? Os professores estão doutrinando as crianças nas escolas? E a ideologia de gênero? A atleta superou suas dificuldades por esforço próprio e incentivo da iniciativa privada ou por ter contado com políticas públicas de inclusão? É Presidente ou Presidenta? Qual a última vez em que você se envolveu em uma discussão política? Caso não tenha se envolvido muito recentemente em uma, certamente presenciou ou observou pelas redes sociais discussões acaloradas. O fim dessas discussões, quase sempre, se dá com uma das partes bradando ofensas morais contra a outra e contra a senhora sua mãe. Os chamados vieses cognitivos, estudados pela psicologia e economia comportamental, podem explicar um pouco do porquê costumamos atribuir adjetivos nada agradáveis a quem discorda de nós. Eles também explicam por que as pessoas podem defender ideias absurdas, por vezes mentiras, mes

O Fetiche do Futebol

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  Lucas Adriano Silva , Estudante de Ciências Econômicas pela  Universidade Federal de Viçosa   membro da Liga Acadêmica Newton Paulo Em média quem ganha mais, um enxadrista ou um jogador de futebol? Em 2014 o melhor e mais bem pago enxadrista do mundo, o norueguês Magnus Carlsen, ganhava cerca de R$ 2,4 milhões por ano. Enquanto o argentino Lionel Messi, o melhor futebolista daquele ano, faturava acima de R$ 100 milhões anuais. Até mesmo futebolistas bem menos qualificados, a exemplo de Diego Tardelli, em 2013 ganhava anualmente cerca de R$ 4,2 milhões, quase o dobro do salário de Carlsen, que tinha sido campeão mundial no mesmo ano. A explicação para a desigualdade de rendimentos entre enxadristas e futebolistas pode ser encontrada no mercado. Mercado que de forma simplificada, é definido pela interação entre oferta e demanda. A partir dessa interação, desconsiderando aqui outros aspectos, como a interferência governamental, tem-se que uma mercadoria detentora de m

Contato

E-mail da diretoria diretoria.lanp@gmail.com Página do Facebook https://www.facebook.com/lanp.ufv/ Site:  http://www.lanp.ufv.br/

Quem Somos

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 A Liga Acadêmica Newton Paulo Bueno (LANP), de economia comportamental, foi fundada em  Agosto do ano de 2015 por alunos da graduação em Ciências Econômicas da Universidade Federal de Viçosa. A LANP carrega esse nome em homenagem ao Professor Newton Paulo Bueno, professor atualmente aposentado da UFV, que em sala de aula deu vários insights sobre o tema da economia comportamental inspirando a criação da liga. Prof. Newton no primeiro Workshop da LANP A criação da liga acadêmica teve a pretensão de reunir pessoas interessadas na área de economia comportamental, ainda pouco explorada no Brasil, e realizar junto com as mesmas atividade de Pesquisa e extensão. Os primeiros projetos de pesquisa da LANP já foram redigidos e falta pouco para que sejam iniciados, enquanto a extensão por enquanto conta com este Blog, onde são publicados textos da membresia.  Hoje contamos com 24 pessoas ativas em seis núcleos, sendo seis membros pós-graduandos, seis membros diretores e doze
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Trânsito, transporte público e atrasos: análise de problemas de mobilidade urbana sob uma nova perspectiva Victor Barcelos Ferreira Acadêmico da Universidade Federal de Viçosa Quanto tempo você gasta diariamente se deslocando em sua cidade? Como você se sente ao passar por uma experiência de dispender horas no trânsito? Estou seguro em afirmar que você preferiria passar por uma experiência dessa no seu carro próprio à dividir essa experiência com outros companheiros em um ônibus abarrotado, certo? Em uma sociedade onde ter tempo é fundamental para a qualidade de vida, passar horas do seu dia se deslocando daqui para acolá não é nada gratificante. Prova disso é que na maior cidade do país, a satisfação dos paulistanos com a mobilidade urbana tem uma média de 4,1 de um total de 10, segundo pesquisa realizada pela IRBEM, em 2014. Esse fenômeno não se restringe apenas à São Paulo. Segundo relatório do IBOPE em 2015, 24% da população - acima de 16 anos - gasta mais de