A Economia Comportamental como uma ferramenta para o marketing
Matheus Henrique
Pereira Santos
Estudante de Economia na UFV
Membro da LANP
Estudante de Economia na UFV
Membro da LANP


Considerando
que o consumidor não é uma folha em branco, experiências e informações
repassadas por outros agentes podem de fato afetar e desnortear a escolha de
determinado indivíduo. Por exemplo, ao consumir um determinado vinho, um
consumidor pode sentir ou considerar um vinho que foi apresentado por R$ 100,00
superior em relação a outro de R$ 40,00, mesmo os vinhos sendo idênticos,
apenas alterando o valor apresentado. O consumo de alimentos saudáveis também
está ligado a esse aspecto da experiência maleável do indivíduo. Por exemplo, a
forte ideia de que os alimentos saudáveis são intragáveis é uma grande
obstáculo para o consumo destes. Tal aspecto parte muitas das vezes da crença
do consumidor, ou seja a crença se torna tão grande que é capaz de diminuir a
sua satisfação e por vezes diminuir a chance de que tal produto seja comprado
novamente. E muitas das vezes o consumidor sequer comprou o produto por
informações oriundas de terceiros, ou seja, a crença formada é muitas das vezes
infundada e supera a experiência pessoal. Sendo assim, é nesse viés que a
economia comportamental entra afim de desestruturar essa convicção dos
consumidores e orienta-los a tomarem determinadas atitudes a partir de um
marketing fundamentado nesse ramo. De tal maneira que esses estudos devem ter
início a partir de um processo que investigue a origem da crença do indivíduo e
de que forma ela afeta o seu comportamento. A análise observacional é uma das
maneiras para se encontrar esse espaço no qual os indivíduos pensam sobre
determinado produto e da forma em que eles realmente comportam-se frente a
este. A partir disso, as organizações são capazes de colher informações quanto
a este aspecto e considerar essas convicções que são omitidas ou desconhecidas
de certa maneira pelo indivíduo. E como boa parte dos consumidores não estão
cientes desses próprios aspectos que os impulsionam a tomar determinada
atitude, a efetividade da aplicação de ferramentas comportamentais como o nudge
é grande.
Referencias:
ÁVILA,
F. e BIANCHI, A. (Orgs.) (2015).
Guia de Economia Comportamental e Experimental. São Paulo.
EconomiaComportamental.org. Disponível em www.economiacomportamental.org.
http://www.economiacomportamental.org/nacionais/capitulo-consumo-irracional-como-os-consumidores-realmente-tomam-decisoes/
http://www.economiacomportamental.org/nacionais/a-economia-comportamental-espm/
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