Economia Comportamental acerca da Neuroeconomia

A forma em que as pessoas tomam suas decisões acerca da Economia Comportamental

Jayene Freitas
Estudante de Economia da UFV
Membro da LANP


Podemos inicialmente entender que as pessoas tomam suas decisões com base em hábitos, experiências pessoais e regras práticas simplificadas. Buscam por soluções satisfatórias, buscam rapidez no processo decisório, e quem na maioria das vezes tem certa dificuldade em equilibrar interesses de curto e longo prazo. 
Podemos descrever que são fortemente influenciadas por fatores emocionais e que muitas vezes são induzidas por comportamentos dos outros. Mas temos também aquelas que a partir de um balanço entre custo e benefício tomam suas decisões, mas em outrora, passa a não ser suficiente, pois estudos nos levam a entender que as pessoas possuem diferentes formas de comportamento frente às escolhas. 
Se basearmos apenas na psicologia comportamental nunca conseguiremos explicar o porquê de alguns consumidores tomarem as escolhas mal sucedidas, assim, a neurociência e a psicologia cognitiva passam a figurar como subsídios para que possamos “tentar” resolver tais questões.
A teoria muitas vezes ira supor que o consumidor é um ser racional, e que a oferta da demanda e a decisão de compra estão baseadas na razão. Porém, se estudarmos a Neurociência mais a fundo veremos que nem sempre a decisão do consumidor será racional, e que em muitas das necessidades são escapar de problemas constituídos pelo próprio consumidor, tornando o desequilíbrio e a identificação social fatores que fazem um consumidor comprar produtos desconhecidos em que não há habitualidade de adquirir. Podemos compreender essa compra de forma que o consumidor a faz na necessidade em ser aquilo que gostaria de ser, afim de alimentar o próprio ego ou outro motivo relacionado a este assunto.
Se bem como sabemos, a economia comportamental introduziu o estudo mais detalhado dos fatores emocionais na análise financeira, tornando se natural que alguns pesquisadores viessem a investigar muito literalmente como funciona a cabeça do ser, oque futuramente deu origem à neuroeconomia.



A neuroeconomia é a combinação das mais recentes descobertas da neurociência, particularmente, técnicas de mapeamento cerebral (ressonância magnética funcional), que foi aperfeiçoada ao longo dos anos conceituando a psicologia financeira e a economia.
A visão no processo do comportamento do consumidor no momento da compra sempre foi estreitamente cognitiva, mas, com o passar dos tempos, estudiosos e cientistas perceberam que esta visão não é capaz de fornecer esclarecimentos referentes a todas as ações dos consumidores.
Daniel Kahneman e Vernon Smith pesquisadores da economia executaram trabalhos sobre comportamento humano, a fim de mostrar que o indivíduo é um ser irracional e na hora da compra, onde a emoção toma conta de seu cérebro, ele passa a sentir euforia e medo nos instantes de decisão de compra. Esses estudos trouxeram uma enorme renovação na pesquisa econômica, explorando aspectos até então negligenciados na teoria econômica, principalmente na área de microeconomia.
Dentro da economia comportamental podemos obter uma visão completa de todos os aspectos na compreensão do início dos desejos dos indivíduos até o instante da decisão de compra, devem-se analisar vários itens, dentre estão aqui listados alguns de suma importância:
O que é a neurociência; 
Entender os aspectos externos que influenciam o comportamento de compra; 
Comprovar que não existem decisões puramente racionais; 
Estudar a neurociência e sua utilidade à economia; 
O poder do neuromarketing, técnicas utilizadas.

Finalizo concentrando na compreensão das ilusões cognitivas e suas implicações no comportamento dos tomadores de decisão, e como podem influenciar o mercado financeiro. Entretanto, uma nova forma de compreensão e análise das questões da economia comportamental na sociedade atual. 
Com isso, pode-se dizer que os modelos mentais têm um papel crucial tanto no pensamento, quanto nas ações das pessoas, e que o contexto social reflete como causa ou efeito a forma com que elas veem ou se deparam com a realidade, o que abre ou limita as possibilidades de ação.
Vale ressaltar que essa questão é bem complexa, e ainda jovem no cenário brasileiro, o que torna os meios de busca e pesquisa mais distantes, e que requer estudos mais avançados em diversas literaturas e pesquisas muitas delas bem recentes.



Referências:
Avila, F. e Bianchi, A. (Orgs.)(2015). Guia de Economia Comportamental e Experimental. São Paulo. EconomiaComportamental.org. Disponível em www.economiacomportamental.org. Licença: Creative Commons Attribution CC-BY-NC – ND 4.0

RIBEIRO, Sylvio. Economia comportamental, o caminho para decifrar os consumidores, 2014. Disponível em: <http://www.pequenoguru.com.br/2010/08/economia-comportamental-o-caminho-para-decifrar-os-consumidores/>. 

RENÊ, Cleber Salim. NEUROECONOMIA DECISÃO DO CONSUMIDOR NA HORA DA COMPRA, 2012. Disponível em: <https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/160464/Monografia%20Cleber%20Ren%C3%AA%20Salin.pdf?sequence=1/>.


Disponível em:

https://lanpeconomiacomportamental.home.blog/2019/01/27/economia-comportamental-acerca-da-neuroeconomia/


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