Pobreza e aversão ao risco
Analisando o comportamento das pessoas mais pobres, A. K.
Shah et al. (2012) concluíram que a
racionalidade dessas pessoas pode se tornar ainda mais limitada devido a atenção
desgastada, já que essas pessoas lidam com mais situações estressantes e
continuas. Após analisarem resultados que medem a inteligência e o controle
cognitivo, A. Mani et al. (2013)
concluíram que indivíduos mais pobres, quando estavam pensando sobre suas condições
financeira, obtiveram resultados piores em avaliações na qual mediam sua
inteligência. Também foi constatado que
agricultores obtiveram resultados piores antes de uma determinada colheita,
onde eram mais pobres relativamente, do que após a colheita.
Em relação à aversão ao risco, sabe-se que o indivíduo
sempre que abre mão do consumo presente, espera adquirir algo a mais no futuro.
No entanto, a taxa de juros para esse tipo de situação está diretamente ligada
ao risco que o indivíduo está disposto a correr. Os mais pobres são os que
geralmente apresentam uma maior aversão a esse risco. Enquanto as pessoas de
renda mais elevadas, com uma aversão ao risco menor, conseguem, em média,
elevar ainda mais sua renda, aumentando a disparidade entre pobres e ricos (L.
GUISO, M. PAIELLA, 2008).
REFERÊNCIAS:
L. GUISO, M. PAIELLA, J. Eur. Econ. Assoc. 6, 1109–1150 (2008).
J.
W. PRATT, R. ZECKHAUSER, Econometrica
55, 143–154 (1987).
WOOD, G. Staying
secure, staying poor: the “faustian bargain”. World Development, v. 31, n.
3, p. 455-471, (2003).
A. K. SHAH, S. MULLAINATHAN, E. SHAFIR, Science 338, 682–685 (2012).
A. MANI, S. MULLAINATHAN, E. SHAFIR, J. ZHAO, Science 341, 976–980 (2013).
Disponível em:
https://lanpeconomiacomportamental.home.blog/2019/01/27/pobreza-e-aversao-ao-risco/
Disponível em:
https://lanpeconomiacomportamental.home.blog/2019/01/27/pobreza-e-aversao-ao-risco/
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