Antiética no Nudge?
Igor Chofi
Estudante de Economia UFV
Membro LANP
Como parte da influência na tomada de decisão, nudge é qualquer aspecto da
arquitetura de escolha que altera o comportamento das pessoas de um modo previsível sem
proibir quaisquer opções e se destinam a influenciar consumidores em determinadas direções,
mas sem causar nenhum tipo de imposição ou manipulação. Partindo desse pressuposto,
criam-se debates éticos sobre as formas de executar essa ferramenta. Nesse texto irei
apresentar uma proposta de nudge, justamente, com o objetivo de levantar um debate com
ênfase na ética.
No restaurante universitário (r.u.) da Universidade Federal de Viçosa nos deparamos com problemas na fila, que está sempre grande e acaba tirando de vários estudantes e servidores um tempo que poderia estar sendo alocado em suas atividades. Parte dessa demora é consequência de como a comida é organizada no r.u., ela é posta em três esteiras, todas elas contendo panelas com arroz, feijão, a guarnição do dia, salada e carne. Diante dessa situação, proponho um nudge: retirar a salada dessas esteiras e deixá-la em uma mesa separada faria com que a fila andasse mais rápida.
Tirar a salada das esteiras e colocá-las em outra mesa aumentaria a manifestação da propensão humana a permanecer no status quo, gerando inércia nas pessoas, o que faria com que elas comessem menos salada, podendo, assim, gerar um problema de saúde. Em contrapartida, podemos alegar que a salada continuará no mesmo ambiente de antes e as pessoas continuarão tendo acesso a ela; além do fato que, esse nudge possibilitaria que as pessoas passassem menos tempo no r.u., assim otimizando e melhorando suas atividades com o tempo extra que ganharão.
Analisando os possíveis resultados dessa proposta, levanto a questão: seria ético modificar a salada de lugar? Alguns nudges, como o apresentado, geram benefícios para uns e prejuízo para outros, como mensuramos se é ético a sua aplicação?
Disponível em:
https://lanpeconomiacomportamental.home.blog/2019/01/27/antietica-no-nudge/
No restaurante universitário (r.u.) da Universidade Federal de Viçosa nos deparamos com problemas na fila, que está sempre grande e acaba tirando de vários estudantes e servidores um tempo que poderia estar sendo alocado em suas atividades. Parte dessa demora é consequência de como a comida é organizada no r.u., ela é posta em três esteiras, todas elas contendo panelas com arroz, feijão, a guarnição do dia, salada e carne. Diante dessa situação, proponho um nudge: retirar a salada dessas esteiras e deixá-la em uma mesa separada faria com que a fila andasse mais rápida.
Tirar a salada das esteiras e colocá-las em outra mesa aumentaria a manifestação da propensão humana a permanecer no status quo, gerando inércia nas pessoas, o que faria com que elas comessem menos salada, podendo, assim, gerar um problema de saúde. Em contrapartida, podemos alegar que a salada continuará no mesmo ambiente de antes e as pessoas continuarão tendo acesso a ela; além do fato que, esse nudge possibilitaria que as pessoas passassem menos tempo no r.u., assim otimizando e melhorando suas atividades com o tempo extra que ganharão.
Analisando os possíveis resultados dessa proposta, levanto a questão: seria ético modificar a salada de lugar? Alguns nudges, como o apresentado, geram benefícios para uns e prejuízo para outros, como mensuramos se é ético a sua aplicação?
Disponível em:
https://lanpeconomiacomportamental.home.blog/2019/01/27/antietica-no-nudge/
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