Uma reflexão sobre o nudge

Luis Felipe Oliveira
Estudante de Economia da UFV
Membro da LANP



Para muitos, assim como para Richard Thaler, coautor do livro Nudge (2008), o nudge funciona com um GPS, dando uma sugestão base para a tomada de decisão sem tirar do agente a possiblidade de optar por outra escolha, o que em políticas públicas é visto como um Paternalismo Libertário.


Um dos principais argumentos baseado nessa lógica é o de doação de órgãos nos países europeus. Nesse caso, é usado o exemplo de nudge conhecido como defaut (opção padrão), pois é um exemplo que todos consideram como importante para o bem-estar de uma nação. No entanto, pode haver várias políticas públicas que visem utilizar as ferramentas do nudge para beneficiar um grupo de interesse.



Além disso, temos as empresas privadas que também utilizam as ferramentas da ciência comportamental para seu beneficio próprio, como o efeito de ancoragem de preços e o uso do default na cobrança dos 10% em bares e restaurantes sendo uma opção padrão  e também a estratégias de marketing que visem a irracionalidade.
Sendo assim, o nudge pode ser utilizado para interesses próprios tanto no setor privado quanto no setor público. Mas como Cass R. Sunstein afirma, é primordial que todo nudge seja transparente e franco, tanto com a população quanto com os consumidores de uma empresa. Portanto, é fundamental que para ser apenas um guiador não se deve criar empecilhos mentais, sociais ou burocráticos para quem vai contra ao esperado pelo nudge.


Disponível em:

https://lanpeconomiacomportamental.home.blog/2019/01/27/uma-reflexao-sobre-o-nudge/

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